Acordei com o barulho da noite e o burburinho dos outros hóspedes. Quem serão eles? Depois de dezenove horas, devo estar com a cara amassada denunciando as horas passadas na cama. Nem sei se chorei. Sonhei, é certo. Sonho bom, daqueles que dão tesão. Mas, ao mesmo tempo, tive pesadelos. Corredores longos, quase infinitos. Muitas portas. Todas fechadas. Foi um sonho quase profético. Essa é minha missão: abrir as portas, descobrir o que está por trás, e me conhecer... putz! Que viagem mais Santiago... eu só quero me despir, fazer o meu trabalho e parar de inventar personagens. Vou sair pra comer alguma coisa, dar umas voltas pelas redondezas. Quem sabe não consigo a inspiração pro meu primeiro texto. Sempre gostei das ruas, das luzes à noite. Agora pensei que deve ser uma loucura estar dentro da minha cabeça... por isso ando tão zonza. [fome] Estou com fome. E não é só de comida. Estou com fome de idéias novas, de rostos desconhecidos, de histórias a escrever. Pareço louca, não? Minha cabeça não pára. Não sei se você já percebeu, mas está dentro da minha mente. Neste turbilhão de pensamentos que não me abandona nunca. Agora preciso sair. [anda, se arruma] Mas o que usar nesta cidade estranha? [qualquer coisa, vai... sai logo daqui!] Jeans sempre vai bem. Novas idéias começam a surgir. Sabe onde isso vai dar? Tenho uma vaga noção...