quarta-feira, 30 de maio de 2007

Regras pra Bem-Viver

O pensador russo Guerdjef traçou 20 regras de vida, destacadas pelo Instituto Francês de Ansiedade e Stress, em Paris.

Dizem os especialistas em comportamento que basta assimilar 10 delas para aprender a viver com qualidade.



1 - Faça pausas de dez minutos a cada duas horas de trabalho, no máximo. Repita essas pausas na vida diária e pense em você, converse com alguém e analise suas atitudes.

2 - Aprenda a dizer não sem se sentir culpado ou achar que magoou. Querer agradar a todos é um desgaste enorme.

3 - Planeje seu dia, sim - mas deixe sempre um bom espaço para o improviso, consciente de que nem tudo depende de você.

4 - Concentre-se em apenas uma tarefa de cada vez. Por mais ágeis que sejam os seus quadros mentais, você se exaure.

5 - Pare de pensar, de uma vez por todas, que você é imprescindível. No trabalho, em casa, no grupo habitual. Por mais que isso lhe desagrade, tudo anda sem a sua atuação, a não ser você mesmo.

6 - Abra mão de ser o responsável pelo prazer de todos.

7 - Peça ajuda sempre que necessário, tendo o bom senso de pedir às pessoas certas.

8 - Diferencie problemas reais de problemas imaginários e elimine-os porque são pura perda de tempo e ocupam um espaço mental precioso para coisas mais importantes.

9 - Tente descobrir o prazer de fatos cotidianos como dormir, comer e tomar banho, sem também achar que isso é o máximo a se conseguir na vida.

10 - Evite se envolver na ansiedade e tensão alheias. Espere um pouco e depois retome o diálogo, a ação.

11 - Família não é você, está junto de você, compõe o seu mundo, mas não é a sua própria identidade.

12 - Entenda que princípios e convicções fechadas podem ser um grande peso - a trava do movimento e da busca.

13 - É preciso ter sempre alguém em que se possa confiar e falar abertamente ao menos num raio de 100 Km. Não adianta estar mais longe.

14 - Saiba a hora certa de sair de cena, de retirar-se do palco, de deixar a roda. Nunca perca o sentido da importância sutil de uma saída discreta.

15 - Não queira saber se falaram mal de você e nem se atormente com esse lixo mental; escute o que falaram bem, com reserva analítica, sem qualquer convencimento.

16 - Competir no lazer, no trabalho, na vida a dois, é ótimo... para quem quer ficar esgotado e perder o melhor.

17 - A rigidez é boa na pedra, não no ser humano. A ele cabe firmeza.

18 - Uma hora de intenso prazer substitui com folga 3 horas de sono perdido. O prazer recompõe mais que o sono. Logo, não perca uma oportunidade de divertir-se.

19 - Não abandone suas três grandes e inabaláveis amigas: a intuição, a inocência e a fé.

20 - Entenda de uma vez por todas, definitiva e conclusivamente: você é o que se fizer.

Ai-ai... Nem vou comentar.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Procure o enquadramento perfeito

Desta vida, quero só a melhor parte.

Procuro o ângulo, aquele que me mostrará algo que nunca vi. Porta entre-aberta a exibir um mundo quase perfeito, feito instantâneo e, emoldurado, pendurado, eternizado, na parede será troféu de caça.

Posted by Picasa capturei um dos meus melhores dias: na Lagoa, o fim de tarde é divino.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Lá fora está chovendo


Acordei com o barulho da chuva na minha varanda. A mistura de terra e asfalto molhados, com um toque de árvores lavadas, tem um cheiro inconfundível. Respiro fundo para absorver o dia inteiro, todos os sonhos que tive, mas não me lembro, todos os amores que já foram, os que virão, e Ele - o eleito senhor-de-mim.

Em dias assim, sinto falta de um montão de coisas que eu mesma deixei de lado.

Nesses dias chuvosos, as lágrimas nas janelas choram em silêncio por mim. Porque eu acho bonito aquele choro silencioso cheio de lágrimas que escorrem quietas e ligeiras, meio nascente, rápidas, sabe? E acho intrigante essa nostalgia que me arrebata nos dias de chuva. Não é tristeza pura e simples - é The Blues. Quero ouvir todas as que mais gosto - as que rasgam a alma. Se me perguntarem, não sei nome, data ou qualquer outra informação - tudo isso porque eu sinto a música. E quando tento racionalizar e explicar em palavras, The Blues se vai e minha alma fica num silêncio denso. Aí, prefiro nem falar nada: só fecho os olhos e sinto. Não é tristeza mortal, comum, explicável - é The Blues que me consome, e divino, e esplêndido, e imaculado, lava e escorre lágrimas nas janelas.

Eu sorrio de leve. Leve, quase flutuando, sorrio. The Blues me deixa em paz. E as janelas que choram emprestam uma beleza singular ao meu dia.

Posted by Picasa * fotos de hoje, a caminho da agência...

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Estrada


Eu estou na estrada. Não vou dizer de onde venho. Tão pouco o meu destino. Esses detalhes não acrescentam glamour algum a esta história. A não ser alimentar a sua curiosidade. Então, tudo o que vai saber de mim é que estou a caminho. Você pode me esperar. Ou ficar à beira da estrada para me ver passar. Juntar-se a mim também é uma escolha. Mas, deve partir de você esta decisão.

Um dia vou te contar sobre as minhas escolhas. E sobre meus dias. Meus quereres. Sonhos.

Um dia. Mas não hoje.

Agora eu estou na estrada.

Posted by Picasa Esqueci de dizer: esta é mais uma foto minha.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Igual, mas diferente

Escrevo não como exercício barato de exibicionismo. Mas para ver se consigo me livrar de mim, e deixar toda essa efervescência de idéias desconexas escorrer de mim. Para que todos esses pensamentos insanos saiam como fumaça, por um buraco aberto na minha cabeça pelo ponto-final que colocarei numa frase qualquer.

As minhas histórias abrem as portas de um mundo onde sou única. E mesmo que outros tantos escrevam variações sobre o mesmo tema, minhas palavras são inéditas. Imprimo minhas digitais em cada linha, me exponho nas entrelinhas. Mesmo que o sujeito seja outro: sou eu quem você lê. Invento o que eu poderia ser. Até nas minhas mentiras há um pouco de mim. Porque a minha maior fantasia é ser diferente de tudo o que você já imaginou.

Escrevo para criar um novo paradigma, para dar um brilho diferente a toda essa mesmice, para me tirar dessa normalidade monocromática. Porque, no fundo, no fundo, todos nós temos as mesmas inseguranças, as mesmas angústias. Nem os quereres mudam, ou devaneios. E eu preciso, igualzinho a você, me destacar nessa multidão rodriguiana, para não me sentir tão burra, tão bege, tão normal, tão igual.

Aí, desembesto a escrever palavras sem sentido, mas que quando leio no final, até que entendo direitinho: sou igual a todo o mundo.