sexta-feira, 25 de julho de 2008

EU QUERO!

Adoro livrarias, todo mundo sabe disso. Hoje, na Letras & Expressões, vi algo que não era livro/revista e que mesmo assim acendeu a chama consumista. Era um quadro, todo feito de pedacinhos de papéis coloridos, de um imenso São Jorge Guerreiro, salve Jorge! Anotei o blog do artista, Anderson Thives, e deixei um recadinho para ele me ligar. Depois, o dia me consumiu e eu esqueci, até que...

Ele ligou! Confirmei o blog e fui bisbilhotar. Não é que caí de amores?! Gente, essa deusa linda tem que morar na minha sala! TEMQUE!

Clica e reserva o quadro para mim? Vou adorar este presente! ;)

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Luxúria

Lembro de pegar emprestado o Falcon Olhos de Águia do meu irmão pra brincar com as minhas Barbies e Susis. Eles eram namorados/casados, tinham uma vida ativa e feliz. Mas totalmente assexuada. Eu lá sabia o que era aquilo, ou como se fazia?!


Larguei as bonecas há tempos... mas essa brincadeira aí eu até achei engraçadinha. No site do fotógrafo Alex Sandwell Kliszynski tem outras bem legais.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Dilema nosso de todo dia

[Acho que estou com a matraca mode on]


Chegou com aquele ar de quem estava correndo. O rosto avermelhado, algumas gotinhas de suor na linha do cabelo, óculos-enormes prendiam a franja-enorme daquele corte-curtíssimo. Largou a bolsa numa cadeira vazia. Pediu um chocolate quente ao garçom, disse oi para as amigas e desembestou a falar. Tudo ao mesmo tempo. Ou quase.


Ela sempre foi elétrica. Parecia ligada numa corrente de 220 volts. Absorvia toda e qualquer informação de qualquer lugar. Sabia de História, sociologia, design, tecnologia, um tanto de sacanagem, outro pouco sobre música e nada sobre ela mesma.


A decisão de mudar este quadro tinha sido tomada a pouco. Meditação nunca foi seu forte. Achava balela a hipótese de parar a torrente de pensamentos por um segundo sequer. Para fazer yoga precisaria de mais flexibilidade do que ela dispunha nesta vida. Talvez na próxima. Optou por caminhar e fazer análise. Por um lado oxigenava o cérebro e arejava as idéias, por outro teria alguém a quem dirigir a enxurrada de pensamentos.


- Vem cá, vocês já pensaram sobre essas exigências idiotas que a gente tem, e que faz a gente se cobrar de um jeito desumano?


Nem sempre o papo era cabeça. Ela não suportava o politicamente correto [um saco, por sinal!]. Não se prendia aos modelos vigentes. Ou assim pensava ser. Depois de alguns dias de análise freudiana, viu que não era bem assim.


De certa forma, aquele momento era especial. As recentes dúvidas, aquele monte de perguntas não respondidas tinham sido um golpe na sua auto-estima. Era como se olhar no espelho e não se reconhecer. Estava tímida como nunca. Mas era exatamente este recuo que a deixava ainda mais observadora. Ela sempre fora o centro das atenções. Agora, ao se colocar de lado, meio invisível por instantes, podia ver tudo. Só não dava conta de que ainda chamava atenção.


Estar de “fora” das situações, como freqüentemente se descrevia, de repente passou a ser uma forma de analisar melhor os acontecimentos. O que parecia ruim se transformou em ponto-de-observação-privilegiado.


Era como ouvir o eco do que fora dito ou feito. Ter uma segunda, terceira, quarta chance de ler nas entrelinhas, separar joio do trigo, ir ao cerne da questão. Porque não são só as pessoas que usam máscaras...


- Amiga, você pode me dizer de onde fui tirar a idéia de que só pode ser assim? Por que raios eu não aceito as n outras maneiras de se fazer uma coisa?


A amiga ficou ali com cara de atriz-escada que, com um olhar, dá a deixa da próxima fala da estrela do show, com a certeza estampada no rosto: aquele papo era todo retórico.


A inquisitora continuou: - ou ainda, me diz, vai... por que os homens passam pela minha vida, sem que eu realmente me interesse por eles? Não, porque eu até me apaixono! Caio de amores e até acho que é o homem da minha vida. Mas uma hora acaba. E percebo que não tinha conteúdo. Era eu quem o preenchia com significados que me interessavam na hora. Por quê?! POR QUÊ???


Ela tinha todas as perguntas do mundo girando na sua cabeça. E nada de respostas.


...


As marcas que vejo nas pontas dos meus dedos, assim como o rajado verde-amarelado dos meus olhos dizem que sou única. Os filtros que usei para perceber o que me cerca foram desenvolvidos por mim, dentro desta mesma realidade, também são únicos. Por mais que a cultura nos una. Ainda que nossas crenças nos aproximem. Somos distintos. Embora assustadoramente parecidos.

Queremos as mesmas coisas. E tudo bem se as queremos por razões diferentes.

Eu penso assim, você crê no contrário. Não nos damos conta de que os motivos são os mesmos.

E assim, distintos mas uniformes, vivemos os mesmos dilemas diariamente.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Sobre os Homens

Homens enquanto parceiros, namorados, amantes, maridos e afins. E de quebra sobre as mulheres...


Sabe quando um assunto anda meio longe de você, que é preciso até parar para pensar? Pois então. O assunto é HOMEM. [Aproveito o Dia Internacional do Homem para postar este naco de teoria] Vale reforçar que me refiro ao tipo macho da espécie e de preferência dos heterossexuais, por razões óbvias [assim eu os prefiro! Okay?].


Tenho visto amigas reclamando dos homens. Mais precisamente da falta deles no mercado. E vejo homens reclamando das mulheres – do grude de carentes que se jogam e já se-acreditam-noivas-na-porta-da-igreja.


Tenho amigas que preferem os comprometidos. Acreditam tanto que os melhores espécimes já têm donas, que saem à caça de namorados e maridos desgarrados. Por mais que um solteiro incrível esteja ao lado, o olhar comprido e lânguido e cobiçador insiste em focar amores impossíveis.


Outras, por mais que desfilem diante de seus olhos os mais variados tipos masculinos, juram que homem é ilusão de ótica. Não existem, a não ser em Marte, talvez.


Vale lembrar que esses dois tipos são extremos quase opostos, e que se replicam mundo afora...


Abro aqui um parêntese para explicar: estive “fora do mercado” por quase três anos [opção mesmo!]. Em 2005, minha gravidez pôs fim num namoro falido. Meu príncipe-herdeiro nasceu e tomou conta dos meus dias. Feliz, o amamentei por quase um ano inteiro. Ensaiei então uns namoros. Nada sério para constar nos livros. No início de 2008 tive um curto relacionamento. Voltei, sem muitas ânsias, a olhar com cobiça os vários tipos de homens. [Hum, já disse que prefiro os fortes, altos – bem altos, carecas e tatuados?]. Fecho parêntese.


Tudo isso para dizer que estou com 37-quase-QUARENTA-anos, solteira, sozinha e feliz. Não me vejo desesperada, mal-resolvida ou qualquer outra [des]qualificação que usam por aí para balzaquianas e afins sem um macho de respeito à tira-colo. Também acredito que antes só do que mal acompanhada. Mas isso não significa que só existam homens cafajestes, infantis, com paúra de comprometimento. Homens tão frágeis que mal agüentam uma ligação amorosa saudável. Não. Não estou sozinha por só me deparar com esses tipos. Minha solteirice é uma escolha consciente e necessária para que eu me reencontre como mulher. Para que eu me redescubra e possa me mostrar inteira. Pronta para construir o que for. Uma nova história, enfim. [antes que me perguntem: NÃO descartei beijos na boca e toda aquela variedade deliciosa de toques e trocas de fluidos! Isso sempre será muito bem-vindo na minha vida. Amém.]


Nesse intervalo, tenho observado bastante. Vejo relações fortalecidas, casamentos revalidados diariamente, amores ganhando festas e casa nova. Mas tenho acompanhado um lado decadente e sofrido. Vejo mulheres poderosas em frangalhos, se destruindo cada vez mais por não ter um apêndice masculino. Sim, porque o tipo de namorado/marido que elas querem é mais um prolongamento de um órgão interno do que uma outra pessoa independente e distinta... e o pior é que elas não percebem esse querer torto.


Eu não sou porta-voz de um gênero, nem de uma geração. Não tenho o direito de falar por outras mulheres, mesmo pelas mais íntimas amigas. Falo por mim quando digo que não vou comprar esse tipo de vida-feliz-de-comercial-de-margarina. Papai e mamãe só como posição sexual. E uma vez ou outra, tá?! Sou independente. Ganho e gasto o meu dinheiro. Sou inteligente. Gosto, e muito, de sexo. Mas não me venha com essa de que eu tenho que ter alguém na minha vida para eu ser feliz de verdade. Não me pressione para eu escolher um item na prateleira – só se for um rabitt. Também não sou um desses exemplares-bonequinha para desfilar em jantares de negócios, feiras de automóveis ou clubes no fim-de-semana. Não me coisifique, por favor.


Quero relacionamentos duráveis: amigos de uma vida inteira e amores para sempre. E que este sempre dure o tempo exato que tiver que durar. Quero investir tempo e afeto para construir um nós que terá regras próprias e o nosso molde. E que não se encaixará, podado, em limites impostos por ninguém... porque a minha vida é do tamanho do meu querer: ENORME.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Dentro de mim


Dal centro della mia vita
venne una grande fontana.

- Louise Glück -

quarta-feira, 9 de julho de 2008

VOCÊ É UM CRIMINOSO?

Talvez sim, se o tal projeto de Lei do senador Eduardo Azeredo seguir adiante.

Um absurdo que precisa ser questionado, reclamado e derrubado.

É simples. Aqui você sabe mais. Depois, assina a petição em defesa da liberdade e do progresso do conhecimento na internet brasileira. Eu já assinei.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Oração da redatora

Senhor, livrai-me de todas as palavras vazias. Vigiai-me para que eu não caia na tentação das frases de efeito. Afastai de mim o discurso pronto.

Senhor, que eu tenha conteúdo
e, principalmente, pertinência
e relevância. Amém.


A revolução

Sempre achei que o meu negócio era escrever. Fosse um planejamento estratégico ou um livro. Quando entrei na faculdade, eu já me interessava por falar com “aquele” consumidor e não com a massa. Minha formação em jornalismo, minha curiosidade por tudo o que era produzido pela publicidade me fez híbrida. Nunca consegui escolher isto ou aquilo. Quis os dois. Esse querer me guiou até aqui.


Quando criança, adorava The Jetsons. Fingia ser Judy Jetson e me perguntava se algum dia usaria aquele telefone com imagens. Não seria o máximo?!


Hoje, eu vivo novos e interessantes tempos. Vejo – maravilhada – uma revolução acontecendo. Como um poderoso imã, sou atraída. Fui fisgada, contaminada, arrebatada. A única opção é me entregar de corpo e alma. E como isso me renova! A sensação é de total liberdade – estou prestes a saltar em queda-livre, a surfar uma onda gigante.


A partir de hoje, eu também


Eu faço parte da revolução.


Eu sou um revolucionário, faço parte da revolução digital.

Estamos mudando a forma como as pessoas se relacionam e se comunicam, destruindo monopólios e inventando maneiras de interagir... (leia na íntegra).


P.s.: No último sábado, dia 5 de julho, participei do #Descolagem. Foi pelo Twitter, que fiquei sabendo. Lá ouvi o Marco Gomes declarar esse manifesto. De tudo o que vi e ouvi, ficou a emoção de, enfim, ter achado o meu caminho.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Quase lá...

Aquela decisão de fazer um post por dia agora se parece muito com a outra de malhar... na segunda eu começo. Um fiasco!

Tenho trabalhado tanto, que mal tenho tempo de ser eu mesma. Sei que isso pode soar como uma desculpa velha e gasta, mas é verdade... Entre um texto e outro, antes do cérebro virar uva-passa de tão seco, descubro cantinhos nessa internet-de-meu-deus que são verdadeiros oásis virtuais, onde me reabasteço pra continuar na batalha.

Essa eu vi há pouco. Fiz uma pausa SÓ pra postar. Saca isso:

* clique para fazer suas próprias descobertas.