Ela segurava aquela taça como quem prende o mundo. Como quem segura o momento entre as mãos. Mãos frias de nervosismo. E a taça, a única coisa concreta naquele instante, a trocar calor com as mãos suadas de tensão. Nem o líquido tinto, encorpado, parecia real. Escorria pela garganta sedenta de grito. E desaparecia. Todos os sentimentos estavam ali, misturados. Tal qual numa garrafa rotulada, lacrada, meio guardada, meio exibida na adega. Sentimentos aprisionados. Sensações concentradas. O decanter se fazia necessário. Afinal, como apreciar a vida com tanta acidez? Respirar. Ela precisava respirar. Aspirar passado-presente-futuro de uma só vez, a encher os pulmões. E, entre-lábios, deixar que o ar saia de mansinho, até o fim. Para mais uma vez encher-se de mundo, de paz, de vida.
* ilustração vinda diretamente da Macacolândia. Espetáculo, não? *
terça-feira, 31 de julho de 2007
O vinho do princípio
Postado por Bia às 15:45
segunda-feira, 30 de julho de 2007
Eu plantei um bambu
Existem 45 gêneros e mais de 1.000 espécies de bambus em todo o mundo. A maioria dos bambus que conhecemos são originários do Japão e China. As espécies nativas do Brasil são conhecidas por taquara, taboca, jativoca, taquaruçu e bambu-de-espinho, dependendo da região de ocorrência.
Embora seja conhecido e utilizado desde os tempos pré-históricos, o bambu ainda não é explorado em todo o seu potencial...
Postado por Bia às 17:57
sexta-feira, 27 de julho de 2007
O Pequeno Príncipe
Vocês podem até pensar que estou com crise de Miss ou algo parecido... Que nada. Eu explico: uma amiga vai ganhar um sobrinho e anda cheia de lindas idéias para receber o mais novo integrante da família. Eu bem sei como é isso. Quando ganhei João, meu filho e príncipe-herdeiro, foi a mesma coisa...
A Rê escolheu O Pequeno Príncipe como tema para todas as coisinhas que vai preparar para o Tomás - do Chá de Bebê ao quartinho! E cá estou cercada de Saint-Exupéry por todos os lados - convites, adesivos,TAGS de lembrancinhas.
Entre um job e outro, reli [Ui, 26 anos depois!] o livrinho, que de raso e infantil muito pouco - ou nada - tem!!! Estou encantada como as Misses. E se tiver que responder meu livro de cabeceira, direi sem pestanejar: O Pequeno Príncipe.
(...) Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...(...)
Taí. Gostei do meu momento Miss. Agora volto mais leve para os tantos outros livros que ainda preciso ler. É certo que ficou um pouco do romantismo-raposiano. Quem sabe, entre uma página e outra nos tantos cafés que freqüento por aí, não encontro alguém que me cative?!
Postado por Bia às 12:55
quinta-feira, 26 de julho de 2007
Eu sonhei com o mar
Hoje pela manhã, entre um sono e a preguiça de acordar, sonhei com o mar. Um mar tão azul, tão incrivelmente azul, que tive vontade de mergulhar da minha janela. Um forte vento leste varria a calçada e as areias, revelando uma vegetação que eu não imaginava existir - verde, enfim, por baixo da branca e fina areia. Do alto do sétimo andar, eu observava aquele mágico mar a se transformar sob meu olhar. E, num piscar, ele invade meu quarto, pela fresta da janela que não pude fechar. Acordei, então.
Acredito que sonhos trazem respostas. É certo que em uma linguagem que precisa ser decifrada, desembaralhada, interpretada, trabalhada [e não digo olhar num dicionário!]. Este meu sonho doido traz mil símbolos, todos interessantes e cheios de significados para mim. Mas isto é tudo o que eu vou dividir...
Postado por Bia às 17:17
quarta-feira, 25 de julho de 2007
A mulher sentimental
Mas, seus quereres eram coloridos, quase sempre, pelas mais fortes das emoções. Sempre foi assim. O tempo só fez apurar tanto sentir
Rod Stewart
Are those your eyes
Is that your smile
I've been looking at you forever
Yet I never saw you before
Holding mine
Now I wonder how
I could have been so blind
For the first time
I am looking in your eyes
For the first time
I'm seeing who you are
Can't believe how much I see
When you're looking back at me
Now I understand what love is, love is
For the first time
Can this be true
Am I the person I was this morning
And are you the same you
How can it be
And all along this love
Was right in front of me
I had given up on finding
This emotion ever again
But you're here with me now
Yes I've found you some how
And I've never been so sure
Postado por Bia às 17:47
terça-feira, 24 de julho de 2007
Se fosse...
Se fosse uma flor – gérbera
Se fosse um brinquedo – boneca
Se fosse um mês – setembro
Se fosse uma brincadeira – mímica
Se fosse uma nota musical – sol
Se fosse uma cor – vermelho
Se fosse um filme – Barbarela
Se fosse um feriado – ano-novo
Se fosse uma comida – cuscuz marroquino
Se fosse uma bebida – champanhe
Se fosse um disco – Gotan Project
Se fosse uma música – Glory Box
Se fosse um dia da semana – quarta-feira
Se fosse um periférico do PC – webcam
Se fosse um doce – maçã-do-amor
Se fosse um programa de TV – novela
Se fosse um canal de TV – GNT
Se fosse um cômodo da casa – cozinha
Se fosse um instrumento – gaita
Se fosse um objeto – luminária
Se fosse uma árvore – cajueiro
Se fosse uma fruta – morango
Se fosse uma paisagem – recife de corais
Se fosse um bicho – cachorro
Se fosse um lugar – Galápagos
Se fosse uma estação do ano – primavera
Se fosse uma frase feita – “Posso ser quem eu quiser, e posso mudar de idéia”, por Bia Quadros.
Se fosse uma peça de roupa – T-shirt
Se fosse um elemento da natureza – Fogo
Se fosse um objeto motorizado – Harley Davidson
Se fosse um aparelho eletrônico – celular
Se fosse uma pessoa da sua família – eu
Se fosse um sentimento – saudade
Se fosse um perfume – Hot
Se fosse um livro – o que ainda vou escrever
Se fosse uma conquista – o mundo
Se fosse uma parte do corpo – pés
Se fosse uma pedra – opala
Se fosse uma dúvida – hum?
Se fosse uma marca – Gucci
Se fosse um eletrodoméstico – multiprocessador
Se fosse um jogo – pôquer
Li e gostei. Agora, me deparo com algo parecido no livro que estou a ler, do delicioso Agualusa, As mulheres do meu pai. Voltei no Blog da Rachel e roubei. Taí.
Postado por Bia às 17:11
Resposta aos navegantes
[Esta é uma resposta aos meu dois queridos leitores]
Pensava em uma trilha sonora para este post... [eu voltei, agora pra ficar, porque aqui, aqui é o meu lugar] Mas achei que seria óbvio demais.
Parei 20 dias. Vinte dias riscados no calendário [mas sempre imaginando riscar a parede...]. Vinte dias corridos sem precisar pensar em cliente, chefe, texto, dead-line-briefing-call-to-action. Vinte dias sem ligar o computador!!! [tudo bem, mas liguei - em alguns poucos momentos - o meu notebook].
Questionei muita coisa. Repensei outras tantas. Encontrei poucas respostas. Mas estou satisfeita. O saldo foi positivo. Fim de férias, dois novos livros para ler. Um workshop para terminar e aí me preparar para a melhor fase: dar aulas!
No meio disso tudo, encontrar tempo de qualidade para a família, João - o príncipe-herdeiro, Terça-Santa [o encontro da mulherada], Chopp de quinta [papo semanal com a amiga-gêmea e agregados], encontrar um namorido [super-importante, by the way!], ler blog-interessantérrimos e deliciosos, atualizar o meu... Ufa! Haja fôlego.
Estou de volta. Caótica como sempre, bem-humorada como nunca!
Postado por Bia às 14:27
quarta-feira, 11 de julho de 2007
Panorama meu, de todos os dias
Essa panorâmica sempre foi admirada. Estou em casa!
E, da janela da sala, respiro espaço aberto, um pouco de verde, um tanto de céu e muitas outras janelas.
Postado por Bia às 00:31