segunda-feira, 31 de março de 2008

Só os loucos...

O sorriso é iluminado
Faz ascender o espírito
O toque, suave, sereno
É paixão, pura emoção

O olhar nada esconde
Ao contrário,
Deixa claro que
A chama é eterna
E queima, intensamente
A alma dos desavisados
Enamorados que repetem
O poeta, em altos brados:
Que seja infinito enquanto dure

E a paixão inflama
Corpo e mente

Só os loucos amam desta forma.

Exibida

Nas palavras exercito meu lado exibicionista
E faço catarse produtiva.
É uma tentativa de te trazer pra mais perto
E pra me fazer conhecer
Me sinto em desvantagem
Por não ler nos seus olhos
As frases que gostaria de escutar
Me sinto perdida
Por inventar legendas
Pra atos desinteressados


Seriam de fato?

Jogos?! Só os de sedução
Daqueles que dão frisson
Só de repensar a cena
Então... pra que me esconder?
Quando quero me mostrar
Pra que fingir
Se pretendo te agarrar?
Mas não faço mistérios
Já sou misteriosa demais
Sem tentar mostrar
O que não sou
Sou direta sim
Sei o que quero
Sei aonde chegar

sexta-feira, 28 de março de 2008

Homem Objeto

Homem objeto, exibido pelas ruas da cidade, nos chás de caridade, pras tias velhas empoadas. [Calem-se!] Não enxergam que estou acompanhada? Não percebem o quanto sou amada? Sexo todo dia, café na cama [um love-doll sem conceito, um amante sem desejo]. Romance de novela da Globo na minha vida! Vocês não adoram o meu bibelô?...

Bonequinha de lixo, aprendi cedo a fazer meus caprichos, seduzir sem me deixar encantar... Pra montanha-russa de emoções basta um bilhete do parque. Comprei, me enganei, caí.

Maquiagem borrada, máscara arrancada, coração ferido, me descobri humana, afinal. [Amei o deus errado]. Tirei meus ídolos da parede. Dorian Gray foi destituído.

Da carne, com gosto de desejo, ficou a saudade.

Da boca, de sorriso fácil, só restou indiferença.

No vaso rachado, as rosas murchas da minha paixão.


* é... abri o baú. Na esperança que ele seja meio caixa de Pandora, sabe? Pra tirar de lá todos os fantasmas que me amarram as mãos e não me deixam mais escrever...


Confissões de uma incendiária

Agora lembrei, ouvi dizer que o orgasmo feminino seria capaz de produzir energia elétrica suficiente para acender uma lâmpada. Mas, se lenda ou fato, ignoro. E nem me importo. Porque sei o que me queima a carne, quando sou sua. Sei da corrente elétrica que me arrepia a pele só por lembrar. Eu conheço o fogo que me consome. Se acendo lâmpadas, para quê? A luz que me guia vem dos seus olhos.

E agora, imploro pelas águas de março, pra lavar a alma, esfriar o corpo e me trazer de volta aos eixos. Porque preciso de trégua. Preciso recuperar o fôlego. Cuidar das marcas que você deixou na última noite. Eu quero banho de chuva e a roupa molhada, bem pesada, a me trazer pro chão.

Você estava certo. Fui tola. Brinquei com fogo: fui incendiária. Incitei, provoquei, instiguei... E terminei o que comecei. O “mais fácil não começar do que terminar” de Sêneca pode servir para qualquer outro assunto. Para qualquer outro. Mas não para você. Não para mim. É magnético, se não fosse químico. É dependência. É vício. E é até o fim.

Agora imploro pelas águas de março... porque sua luz é fogo.

...

*escrevi esse texto acho que no ano passado. Era pra ser legenda de uma foto do Paulo Salerno, meu fotógrafo predileto. Amo as sensações que suas fotos me provocam. São quentes, indecentes, inusitadas. Estou louca pra reatar nossa parceria. Doida pra imprimir todos os escritos que tenho na cabeça - nem que seja aqui no virtual. Pena que eu não tenha mais essa foto...

quinta-feira, 27 de março de 2008

Escolhas


Preciso desabafar: que prisão é essa que,
quanto maior a liberdade de escolha,
maior também a tormenta das possibilidades?

Sempre fui perfeccionista [é, por anos a fio sofri deste mal]. Quis o melhor dos mundos, a escolha certa, afinal. Busquei a certeza, deixei que a dúvida me corroesse. Achava-me livre, tendo tantas escolhas. Acabei presa. Ansiosa.

Confirmei, na prática, o mantra educativo da minha mãe [que sábia mulher!]: excesso de liberdade nem sempre é bom.

Hoje, tentando educar o príncipe-herdeiro [sim, porque eu sou a rainha do meu lar!], esbarro direto no que posso dizer ser o meu maior temor – como dar limites a um serzinho que tem um mundo inteiro ao alcance da mão?

Escolho a qualidade de vida. A tranqüilidade de ter o que preciso, sem me preocupar se este é o melhor negócio que poderia ter feito. Acho que cresci. Não dizem que a sabedoria vem com a idade, e que traz também serenidade? Pelo menos estou no caminho...

Quais são as suas escolhas?

quinta-feira, 20 de março de 2008

A minha parte

Quero uma vida mais simples. Não estou falando de um amor e uma cabana. Mas de uma simplicidade voluntária, desejada, construída.

Também quero parar três minutos o que estiver fazendo pra ver o sol na lagoa, ou sentir o cheiro de chuva. Ganhar meu dinheiro, sem vender minha alma! Chorar de rir, por uma besteira qualquer. Ver nos seus olhos a minha vida inteira. Quero ser feliz. E quero deixar um mundo melhor pro João e, quem sabe, os outros que virão...

Quero um planeta vivo, pulsante, alegre, verde.

Eu vou fazer a minha parte. E você?


Bombas de sementes [clique pra ver o original]

Para fazer brotar plantas e flores em canteiros abandonados que precisem urgentemente de algum verde...

1. Misture num balde duas partes de sementes e três de adubo e depois acrescente cinco partes de argila em pó.

2. Jogue água e misture até formar uma massa úmida. Enrole bolinhas de cerca de 2 centímetros.

3. Saia pelas ruas e jogue cuidadosamente essas bolinhas em canteiros e praças degradadas.

4. As "bombas" carregam nutrientes suficientes para que os brotos comecem a crescer em solo pobre - é só esperar as próximas chuvas.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Você já parou pra pensar na vida?

É incrível a tendência da raça humana de mecanizar seus processos. Aprendemos por generalizações – na terceira tentativa de fazer algo, já criamos a ilusão de que sempre será daquele jeito.

Agora, o contrário pouco acontece! Partimos de um pressuposto: é assim [sempre foi assim!]. E a coisa não funciona. Tendemos a continuar naquela bendita [?] ação, esperando um resultado que nunca alcançamos.

E por que raios, para mudar o tal processo, precisamos bem mais do que três tentativas/erros [ou cara na parede, se você preferir]?

No fim das contas, o problema é sempre com o outro. Não é?

Ação e reação.

[Não, eu não estou sendo reativa! Estou colocando em linhas o pensamento, para uma análise crítica e reflexiva.]

E você, o que pensa de tudo isso, afinal?

sexta-feira, 7 de março de 2008

Meu caminho

Aguçar o olhar.
Procurar outras paisagens, novos horizontes.
Exercitar a busca pelo belo.


Todos os dias, me desligo do trânsito caótico da cidade, da poluição sonora e visual que dominaram as ruas, dos rostos mal-humorados às nove da manhã num ônibus lotado.
Aproveito esses 30 minutos que me separam da agência e abro bem os olhos pra admirar - extasiada - o meu caminho. Aos poucos, contornando a rotina, conquisto qualidade de vida.

* as fotos eu fiz com o meu W810i. Que paisagem, não?

terça-feira, 4 de março de 2008

Um dia dos deuses

[Não. Este não é um blog sobre comidinhas, apesar de parecer. E não. Não escrevo sobre gastronomia. Escrevo sobre experiências.]

...

segunda-feira, 3 de março de 2008

três-ponto-sete

Ontem completei 37 anos.
Mas parece que a adolescência não ficou tão longe de mim assim...
Por que será que não cresço?

Adoro presentes!