Eu já estava acostumada com os velhos caminhos. [Todo dia ela faz tudo sempre igual...] Eu sabia das cores e dos cheiros e das sombras daquelas ruas que eu sempre atravessava. Conhecia as folhas nas calçadas, as janelas abertas, as portarias da avenida. Já conseguia prever os futuros vincos nos rostos que cruzavam meu caminho sem dizer bom-dia. Há tempos era tudo igual. Da mesma maneira eu seguia a vida, ignorava alguns desvios, inventava outros. Até ontem.
Hoje pela manhã, meu futuro começou novamente.