Este é um momento confessionário. Aqui vou escrever palavras verdadeiras e não quero – digo: NÃO QUERO – que você as use contra mim.
A roda da fortuna nunca pára de girar. Mesmo que na menor velocidade possível, ela está sempre em constante movimento. Ainda bem. A linearidade traz uma certa mediocridade, não é mesmo? Altos e baixos, essa diametral oposição de sentimentos tem lá seu valor. Crescemos. Evoluímos. Ao menos não criamos limo!
(Não. Este não é um texto-ode à tão em voga bipolaridade! Ou pelo menos não era até eu chegar neste ponto... Já aconteceu de você sentar pra escrever aquele texto que estava prontinho na sua cabeça e, no momento exato de teclar as letrinhas, tudo mudar? As palavras são caprichosas. Pelo menos as minhas! Muitas vezes não há santo que me faça voltar ao que estava pensando! O texto digitado é outro, e não aquele que planejava escrever. Ai! Vai entender esses desígnios do inconsciente!!! Rachel, talvez eu precise da Terapia da Palavra com urgência!)
Voltando à tal roda. O que eu queria dizer é que, nos últimos meses, a minha girou beeemmm devagar. Cheguei a pensar que ela pararia a qualquer momento. Um belo dia, não sei precisar, acordei diferente. Ou fui dormir – sei lá.
Imitei Narciso, me apaixonei por minha imagem no espelho. Descobri novos contornos. Algumas rugas. Vi acender novamente o brilho no olhar. Mergulhei
em mim. Posso usar muitas metáforas para contar este recomeço. O certo é que volto à tona, cheia de novas idéias. Só os quereres são os mesmos.
Já estava na hora de me reinventar, afinal!
* Foto: é só digitar Narciso no Google que aparece! *