sexta-feira, 29 de junho de 2007

Apertem a tecla PAUSE


Dizem que o ócio é criativo...
Quando eu voltar, conto pra vocês.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Eu sei falar difícil


Caros amigos, é importante questionar o quanto o surgimento do comércio virtual auxilia a preparação e a composição da gestão inovadora da qual fazemos parte. Do mesmo modo, o acompanhamento das preferências de consumo exige a precisão e a definição do retorno esperado a longo prazo.

As experiências acumuladas demonstram que o aumento do diálogo entre os diferentes setores produtivos desafia a capacidade de equalização do fluxo de informações. No mundo atual, a adoção de políticas descentralizadoras talvez venha a ressaltar a relatividade do processo de comunicação como um todo.

E você, o que acha?

* Estava com preguiça de escrever. Mas queria postar alguma coisa. Descobri o salvador da pátria. Clique e veja.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Quem não tem colírio...

Adoro óculos escuros. Quem me conhece bem sabe! Este par é da Rennas, outra amiga-gêmea, que comprou exatamente o que eu queria, mas deixei passar...

Dou as caras por aqui, numa fotita até simpática, mas o texto é de poucos amigos. Estou ácida demais hoje para escrever poesia-pôrno-erótica-romântica. Ou então teria que assumir o lado calçada da vida – o que não é da minha catiguria... lucubrações assim eu deixo para outro dia. Combinado?

Sempre tive dedo-na-cara a me dizer que uso óculos cor-de-rosa. Eu até admito e faço a mea culpa: tendo ao pensamento positivo - o lado bom das coisas – mas não abstraio o que não-deu-certo.

Vejo um mundo de impunidades. Pessoas que pensam passar a perna nos outros. Crimes-do-nada-por-coisa-alguma. E por isso vou aceitar que o mundo é isso aí e não tem jeito?

Pior é me ater a detalhes e desconsiderar o todo só porque eu não concordo com aquele-específico-detalhe-cabeça-de-alfinete!!!

Preciso exemplificar?!

Estava curiosa sobre uma série dentro do Fantástico. O Mundo de Valentina me cativou. E preocupou. No último episódio da série, Gabriel resolve fazer uma experiência para constatar o volume de lixo produzido em um mês inteiro. Sob o olhar de desaprovação de Franciele, o lixo cresce. Achei interessantíssimo ele ter feito isso [porque eu jamais faria, com medo das baratas!]. Infelizmente, todo o discurso-questionamento de Gabriel vai por água abaixo só por causa desta experiência. Uma pessoa [que vai continuar no anonimato] que assistia o documentário ao meu lado parou no detalhe acúmulo-de-lixo e questionou a sanidade do rapaz. Todo o resto foi descartado por ela não concordar com a sandice de guarda lixo. Pode? Os ouvidos se tamparam instantaneamente!!! E qualquer discursão a respeito era refutada com a frase: - onde já se viu guardar lixo?!. Vai entender...

Eu uso óculos cor-de-rosa. Se enxergar a vida como um processo contínuo que pode mudar para melhor é usar lentes coloridas, então é fato: eu uso. E recomendo.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Minha porção Eva

Uma tentação, não é mesmo?
Eu que fiz. É, não me olhe com essa cara de espanto! Eu fiz, com minhas próprias mãos [e sem ajuda!] todas essas maçãs-do-amor aí da foto. Exercitei minha porção Eva. Deixei aflorar meus mais doces instintos e criei, uma por uma, essas deliciosas maçãs-do-amor.

Ficou com água na boca, não é mesmo?
Pois deveria. Elas estão DE-LI-CI-O-SAS. A cozinha é, pra mim, um laboratório de alquimia, um lugar mágico. Embora nem todos acreditem, eu amo cozinhar - porque descobri que posso criar diferentes estados alterados de consciência. Posso seduzir. Emocionar. Saciar. E posso até matar...

Minha porção Eva está toda feliz. Voltei às origens.
Mais uma vez vou seduzir com a maçã.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Borboletas no estômago


A expressão [so cute] é uma das minhas preferidas. Não porque eu esteja sempre com borboletas no estômago. Mas, justo pelo contrário. Sinto a falta delas. E só agora me dei conta.

Como tenho saudade de ter na barriga um montão de borboletas a farfalhar sandices românticas com o bater de suas mil asas!

Sinto-me uma nostálgica do futuro. [Deixa eu explicar, e você verá que é simples e mais comum do que pensa]. Eu simplesmente sinto saudade do que não aconteceu. Ainda. Uma falta de tudo o que eu poderia viver e ainda não experimentei, ainda não degustei, ainda não apreciei.

Não falo apenas dos relacionamentos amorosos. Aqui, eu falo da Vida. Falo da vida efervescente como fonte de água gasosa em eterno borbulhar – champanhe - é disso que eu falo e sinto muita [muita!] falta. Porque a vida é bela sim. E pede brindes de cristal [o copo e a bebida!] por uma tarde de sol fresco como a de hoje, dia de Lagoa com leves ondas incessantes no seu espelho, e olhares plácidos pela janela.

É lógico que sinto saudade das minhas borboletas baterem suas asas por um amor-com-pegada-vem-cá-Bebel. Também sinto falta disso - e como! Mas essas borboletas são arredias, quase selvagens, e não aparecem por qualquer-motivo-em-qualquer-florzinha-de-jardim.

Enquanto não tenho essas asas deliciosas a congestionar meus sentidos, acho que vou bebericar champanhe e ver a vida desfilar felinamente leve diante meus olhos crédulos. Porque eu sinto falta, mas não sou tola para deixar de ver a beleza que espreita este inverno-querendo-ser-primavera.

Dia desses, as borboletas voltam a farfalhar no meu jardim.
Elas sempre retornam.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Em algum lugar...


Sensação. Meu sexto-sentido me diz que algo está para acontecer. Eu sinto. É bem aqui, ó. Embora você não possa ver, aponto para o meu plexo solar, central de toda a minha identidade, dizem até que uma fábrica de auto-estima. [Vai saber!].

Mulher tem dessas coisas, não é mesmo? Tal a sensibilidade, que captamos no ar o que ainda não aconteceu. Anteninha antenada!

E assim, com tamanha certeza, eu sei. E falta muito pouco. Vai acontecer.

...

Ele estava lá, na minha frente. Não notei logo de cara. Eu lia qualquer coisa e nem me lembro bem. Ele ouvia uma música nas alturas. Até que, uma hora, o som que vazava dos fones chegou ao meu mundinho particular, roubou minha atenção. Eu ri, sem levantar os olhos das páginas, imaginando um adolescente com seu iPod.

Mas, fisgada pela curiosidade de reconhecer o som - sou boa nisso, apesar de nunca saber o nome da música ou do cantor - procuro aguçar os ouvidos, emprestando os olhos para observar melhor.

Seu cabelo encaracolado, de um marrom escuro, estava grande, num corte moderno meio desleixado. Um pullover marinho esquentava a nuca e a garganta, com as mangas a dar voltas pelo pescoço - um abraço com cheirinho de amaciante, imaginei. Além da música, a leitura disputava sua atenção.

Lá estava ele. Alguém muito próximo e distante de mim. Separados por um banco de ônibus. Por uma vida inteira. Por um olá, talvez.

A pele branca e o perfume oriental me guiaram em uma viagem imaginária de amor romântico. Ali, naquele ônibus, eu conhecia - enfim - o alguém que eu tanto esperei. Seu sorriso doce me falou do passado. Ele se revelou em muitos detalhes. Desenhou o futuro ideal. E rimos do presente inusitado que vivíamos. Quem poderia imaginar, dizia ele, num ônibus! Trocamos segredos sem palavras. Perdoamos os erros que cometeríamos. Combinamos surpresas para as datas especiais. Encaixamos.

A luz da Lagoa, naquela manhã, estava mágica. Preferi descer do ônibus sem me despedir. Nosso amor merecia continuação...


* fotos minhas, dia desses, no 157 rumo à Lagoa *
p.s.: Se você por acaso se reconhecer na foto, me desculpa. Não resisti e inventei a nossa história.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Lulus Rules


Querido diário, ontem saí com umas amigas. Anna, Rennas, Patty e eu [a única a não ter letra dupla!] passamos horas a falar mulherices...

Se eu contasse tudo o que nós, mulheres, conversamos, você - definitivamente - ficaria encabulado. Porque é verdade: mulheres falam muitas besteiras quando estão juntas. Vou negar pra quê? O papo começa com amenidades e sempre [sempre] descamba. Mas nunca falamos futilidades!

Mulheres falam de sentimento. Mesmo que o assunto em voga seja a falta dele. Conversamos sobre tudo o que nos faz sentir - sobre aquele modelito na vitrine fashion, o jantar de ontem à noite, o carinha da semana passada, sobre chefes e clientes, e até mesmo sobre o grande amor de nossas vidas. Não há assunto-tabu. Não há tema predileto - porque o descambo é inevitável - então, TODOS os temas levam ao mesmo lugar.

O papo de mulher nem sempre é igual. Não radicalize, nem generalize. Você vai se enganar. Embora a gente sempre fale de sentimentos, o papo entre amigas é um. Com colegas de trabalho, outro completamente diferente. Entre mulheres que se encontram no cabeleireiro, então, nem se comenta. A habilidade de verbalização e a extensa lista de palavras que conhecemos - e dominamos - fazem o assunto render e se desdobrar em diversas direções. Cada papo é O Papo. E como apenas 7% da comunicação é a palavra escolhida, por mais que falemos sobre as mesmas coisas, nunca falaremos AS MESMAS COISAS. A diferença está nos 93% que nossa personalidade única imprime na comunicação. Entendeu?

Mulheres adoram falar [!]. Amam mais ainda falar besteiras. E como é rico nosso papo! São caras e bocas dignas do Oscar. Entonações que mudam completamente o significado da palavra. E, quando entre amigas de verdade, uma telepatia de fazer inveja! Basta um olharzinho de lado e já traduzimos parágrafos completos!

Muitas vezes, um papo entre amigas é mais produtivo do que meses de terapia!

Por tudo isso eu guardo alguns dias Santos - não troco [por quase nada!] os encontros com minhas amigas. Tudo começou com a Terça-Santa - uma vez por mês nos encontramos num bar da zona sul carioca. O garçon, Genésio, faz cara de armário todas as vezes que pesca um assunto-descambado! [É o máximo]. Semanalmente tem o Chopp de Quinta, quando encontro a amiga-gêmea pra colocar o papo em dia. Ela é de Petrópolis, e sempre traz amigos para um interessante rodízio de idéias. Agora, acabei de instituir o Lulus Rules, nas tardes livres de domingo. O dia light é pra esconder o mais científico encontro de amigas. Este pode até dar livro, de tão fundamental que é!

Incautos, mulherices à parte, Lulus Rules é bomba-atômica-pimenta-malagueta.

Aguardem. Doces frutos serão aqui publicados.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Era uma vez...


Um borrão. Foi assim que ela viu tudo passar na velocidade da luz pela sua retina. Tudo mudou tão rápido que mal pôde acompanhar.

ZAZ!

Foi-se.

Depois daquela esquina, tudo ficou mais claro. Nítido.
Agora sim, ela enxergava além.

...

As janelas. Sempre tem uma janela nos meus pensamentos. Metafórica ou real, feita de alumínio, madeira ou puro vidro, sempre tem uma janela.

A janela fechada quebrava o ventinho frio que vinha da Lagoa. Apesar do dia de sol, fazia frio. E ela pensou: como é bom sentir esse sol gelado. Sua percepção, seus sentidos estavam aguçados. É a beleza, conjeturou. O belo se fragmenta, facetado como cristal, se expande - contagia. Assim tudo ganha um pouco da beleza - que jamais é egoísta...

Lembro-me de André Gide, escritor francês. Sua frase ainda ecoa na minha cabeça:

Que a importância esteja em teu olhar
e não na coisa olhada.


André vive e respira em mim todas as vezes que olho pela janela.

* Fotos minhas, feitas através da janela do 157, rumo à Lagoa.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Eu quero uma Matilde pra mim...

Recebi um desafio. E dos grandes, pelo que deu pra perceber até então... desafio gostoso, sabe? Daqueles que, quando conquistados, estufam o nosso peito. Mas não sei não. Ainda tenho dúvidas. Mas quando imagino os olhos de Leninha, pendurada na cintura de Matilde, girando pela casa, dá vontade de gritar: eu topo!

Conheci Leninha há pouco, mas sua visão de mundo - particular das crianças com poucos anos - me cativou. Esqueci da singularidade das palavras infantis. João, meu filho, ainda não fala frases inteiras, apesar de conversarmos horas a fio... Acredito que João vai gostar de Leninha.

Até os meus vinte e pouquinhos, olhava os de mais de trinta com certa desconfiança e encantamento. Achava que lá, eu desvendaria mistérios, entenderia das dores d'alma e teria me curado das paixões. Naquela época, eu acreditava que ao trinta anos eu teria CERTEZAS.

Então, ao conhecer Helena Maria e suas indagações, vejo que - no fundo - não mudamos muito. As marcas no rosto, a pele um pouco mais flácida, uns fios brancos mostram que o tempo passou. Mas as certezas que eu esperava ter, ainda não mandaram notícias. Ou eu não cresci, ou perdi alguma coisa...

Dá pra desenhar, pra ver se eu entendo melhor?

terça-feira, 12 de junho de 2007

Também quero...



Sempre usei a palavra como matéria-prima. Escultora de sensações, dou formas as minhas idéias, crio mundos. Envolvo, simulo, guio. E assim, entre-vírgulas, entre-linhas, sem ponto-final, vou alinhavando a trama. Das palavras, faço tecido - e ao me vestir de poeta, dispo pudores, máscaras, malhas feitas pra esconder e proteger.

Na prosa, estou nua.


As coisas que quero

Quero um amor. Quero sensações.

Quero aquele frio na barriga que dá na hora em que os olhos se encontram.

Quero aquele arrepio quando a pele esbarra de leve uma na outra.

Quero a boca seca a esperar pelo beijo.

Quero a tontura da paixão.

Quero o sexo molhado pela lembrança.

Quero me perder em sonhos, quero me achar nos braços seus.

Quero beijos úmidos e demorados.

Quero que você me pegue com força, mas que seja doce.

Quero o encontro de almas.

Quero que nossos corpos se encaixem e peguem fogo!

Não quero nada morno.

Quero fogo!

Quero paixão.

Quero carinho nos cabelos, massagem nas costas, cócegas nos pés...

Quero comida na boca e beijos com gosto de vinho...

Quero me despir dos medos ao tirar a roupa

E me vestir de êxtase ao deitar com você...

Quero você, homem-menino

Cheio de sonhos, cheio de garra

E quero ser tudo pra ti.

Quero, quero, quero, quero... EU QUERO!


Eu quero!

Quero ser pornográfica, incontida, impulsiva. Quero ser selvagem.

E quero ser sempre assim: essa é a minha meta.

Não quero dar satisfação a ninguém. Não quero prestar contas senão a mim mesma.

Quero fantasiar cenas tórridas com qualquer estranho.

Quero desejar seu sexo a todo instante. Fantasiar coisas sem sentido.

Quero ter a voracidade no olhar, a volúpia na pele e te devorar a todo o instante.

Quero ser indecente, devassa.

Quero ser uma mulher de Nelson Rodrigues. E de João, de Carlos, de Manoel, de Felipe, de Daniel... e de todos os homens que cruzarem o meu caminho.

Quero ter você impresso na minha retina.

Quero seu gozo gravado na minha memória.

Quero suas unhas na minha carne.

Quero gozar um gozo novo a cada dia.

Quero ser vouyer. Quero ser exibicionista.

Quero ser diferente.

Quero ser a melhor.

Quero ser a única.

Quero ser santa.

Quero ser puta.

Quero ser sua.


Já que hoje é dia dos namorados,
declaro minhas intenções:
eu quero!

A foto busquei em São Google.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Síndrome de Alice



Escrever é, pra mim, um grande remédio - daqueles que a gente tem que tomar pro resto da vida, sabe? Pois é... Aí fico semanas, dias a fio, sem desenhar uma só letrinha [escrever por obrigação profissional não vale!!!]. Quase tenho tremedeiras...


Sinto-me como Alice. Perdida toca-do-coelho-abaixo sem saber onde acaba esta minha estranha história... Tudo parece tão absurdo! E, no meio deste non-sense todo, só penso em voltar pra casa.

O que será que Lewis Carroll bebeu pra imaginar algo tão lisérgico, tão deliciosamente-insano, como o País das Maravilhas?

Depois que desci pela toca-do-coelho, me pergunto como fazer diferente, já que - ao voltar - nunca mais serei a mesma, ainda que retorne exatamente ao mesmo ponto. Estranho? Nem tanto. A minha curiosidade me levou a lugares que jamais pensei existir! Sei bem dos tormentos de Carroll - embora não passe nem pela calçada, com medo de me achar lá dentro... se é que você me entende.

E não é que queira voltar. Estou bem aqui. Mas é que a possibilidade de não-poder-voltar me assusta mais do que a de seguir em frente. [Afff... lôca-de-pedra!].

Mas não é isso que quase todo mundo sente? Esse medinho-besta de seguir, mas sem querer fechar a porta atrás da gente - vai que eu resolva voltar? O que é isso, se não uma insegurança-da-porra [desculpa, mas o palavrão cabe muito bem aqui!]. É esse pensamento doido que me faz temer o novo e credita toda a segurança em algo que não me vale mais nada - mesmo com o título de propriedade ou algo parecido.

E assim é com quase tudo - dos relacionamentos aos empregos - a cada mudança, um abalo sísmico.

Quero é me largar aos encantamentos não-planejados. E me surpreender pelo caminho.