terça-feira, 20 de março de 2007

Tendência. Mas, pode chamar de mania.

Sou volúvel. [tô me sentindo num confessionário!] Mudo de opinião como quem experimenta sapatos. [e o pior: tô me sentindo leve por dizer isso!]

Acho que esta é a melhor definição da minha instabilidade crítica. Entenda uma coisa: acredito que só não muda de opinião quem não as tem. Não é porque escolhi este ou aquele doce que preciso morrer adorando comer tal iguaria! Não é por achar algo bom, mediano ou ruim que não possa descobrir que estava errada por qualquer que seja o motivo: o que era bom acabou; o mediano evoluiu; o ruim lançou um up grade. Que seja! Descobri novos pontos de vista e mudei. Convenceu-me o novo. Afinal, não preciso ser arraigada para parecer normal, né?

Então. Exposta minha inconstância, digo que tudo o que leio, ouço, vejo por aí me instiga a prodzir algo. Adoro fazer releituras. A pergunta é sempre a mesma: como eu faria tal coisa? Uso essa mania como um exercício de criatividade. [uma mania, dentre muitas!] Porque nem sempre do zero começa o novo.

E você? Qual é a sua mania?

A Louca fugiu de casa

A Louca fugiu de casa
Abandonou os móveis
Não cobriu nada com lençóis
Nem se preocupou com a poeira

A Louca fugiu!

Na morada vazia
O eco do vento,
Aquele sopro agudo,
É o único som lá de dentro.

A casa agora é assombrada
Por todos os fantasmas do passado
Etéreos, míticos, alados

Nem as lembranças ficaram
Coitada, a Louca saiu com bagagens
Arrastando memórias como se fossem correntes.

:: texto meu, inspirado no livro de Rosa Montero, A Louca da Casa ::