Preciso desabafar: que prisão é essa que,
quanto maior a liberdade de escolha,
maior também a tormenta das possibilidades?
Sempre fui perfeccionista [é, por anos a fio sofri deste mal]. Quis o melhor dos mundos, a escolha certa, afinal. Busquei a certeza, deixei que a dúvida me corroesse. Achava-me livre, tendo tantas escolhas. Acabei presa. Ansiosa.
Confirmei, na prática, o mantra educativo da minha mãe [que sábia mulher!]: excesso de liberdade nem sempre é bom.
Hoje, tentando educar o príncipe-herdeiro [sim, porque eu sou a rainha do meu lar!], esbarro direto no que posso dizer ser o meu maior temor – como dar limites a um serzinho que tem um mundo inteiro ao alcance da mão?
Escolho a qualidade de vida. A tranqüilidade de ter o que preciso, sem me preocupar se este é o melhor negócio que poderia ter feito. Acho que cresci. Não dizem que a sabedoria vem com a idade, e que traz também serenidade? Pelo menos estou no caminho...
Quais são as suas escolhas?