terça-feira, 12 de junho de 2007

Também quero...



Sempre usei a palavra como matéria-prima. Escultora de sensações, dou formas as minhas idéias, crio mundos. Envolvo, simulo, guio. E assim, entre-vírgulas, entre-linhas, sem ponto-final, vou alinhavando a trama. Das palavras, faço tecido - e ao me vestir de poeta, dispo pudores, máscaras, malhas feitas pra esconder e proteger.

Na prosa, estou nua.


As coisas que quero

Quero um amor. Quero sensações.

Quero aquele frio na barriga que dá na hora em que os olhos se encontram.

Quero aquele arrepio quando a pele esbarra de leve uma na outra.

Quero a boca seca a esperar pelo beijo.

Quero a tontura da paixão.

Quero o sexo molhado pela lembrança.

Quero me perder em sonhos, quero me achar nos braços seus.

Quero beijos úmidos e demorados.

Quero que você me pegue com força, mas que seja doce.

Quero o encontro de almas.

Quero que nossos corpos se encaixem e peguem fogo!

Não quero nada morno.

Quero fogo!

Quero paixão.

Quero carinho nos cabelos, massagem nas costas, cócegas nos pés...

Quero comida na boca e beijos com gosto de vinho...

Quero me despir dos medos ao tirar a roupa

E me vestir de êxtase ao deitar com você...

Quero você, homem-menino

Cheio de sonhos, cheio de garra

E quero ser tudo pra ti.